Quando o assunto é parque de diversões na Europa, é quase que automático: o primeiro nome a ser citado é sempre a Disneyland Paris (ou Eurodisney). Parece que, ao contrário da América, com seus inúmeros parques, a Europa tem uma única opção e ponto final.
Eu mesmo engrossava a lista de pessoas com essa opinião até cerca de um mês atrás. Isso porque logo após o Social Travel Summit, o órgão de turismo alemão organizou várias blog trips com os 50 blogueiros que estiveram lá no congresso em Leipzig, com o objetivo de mostrar em detalhes o potencial turístico da Alemanha.
De forma aleatória, nós fomos divididos em vários grupos e cada um deles teve a oportunidade de conhecer algum ponto da Alemanha. De grandes cidades a pequenas vilas, passando por vinícolas e lagos paradisíacos, muita coisa apareceu pro mundo durante essas viagens.
Meu grupo que, além de mim, era formado pela dupla Samuel e a Audrey, um casal muito fera de blogueiros canadenses. Fomos escolhidos para visitar o sul da Alemanha, mais especificamente a região da Floresta Negra.
Na programação que recebi, vi que a nossa primeira parada seria no Europa Park. Legal, mas eu nunca tinha ouvido falar nesse tal de Europa Park em toda a minha vida. Numa rápida pesquisa, veio a surpresa: trata-se do maior parque de diversões da Alemanha e também um dos maiores dos planeta.
Com capacidade pra receber até 50 mil pessoas ao mesmo tempo (sim, incrível!), o Europa Park é maior que boa parte das cidades alemãs. Só pra você ter uma ideia, a cidade em que o parque está localizado, chama-se Rust e tem apenas 3.800 habitantes!
O parque é tão grande que existe uma linha de trem circular leva os visitantes de um ponto a outro em poucos minutos, já que as caminhadas podem levar bastante tempo.
Aberto em 1975, o parque é baseado no conceito de "Europa em um dia", já que lá dentro 13 regiões do continente são representadas em áreas totalmente temáticas. Uma das ideias que o Europa Park vende aos seus visitantes é de que "se você não tiver tempo pra fazer uma grande viagem pela Europa, venha pra cá, pois temos um pouco de cada lugar aqui".
Alemanha, Rússia, Itália, Franca, Escandinávia, Portugal, Espanha, Holanda, Suíça, Grécia, Inglaterra, Áustria e Islândia são os locais retratados no parque. Desde brinquedos e filmes, passando pelos restaurantes típicos, tudo é fiel ao lugar de origem.
Eu passei um dia inteiro caminhando e conhecendo as atrações do parque e claro que várias coisas me chamaram a atenção.
Acho que a mais forte pra mim foi uma certa fixação deles por água. Quase tudo ali tem referências aquáticas bem significativas e quantidades cavalares de água por todo o lado.
A começar por um rio com uma forte correnteza que desafiado por famílias felizes em barquinhos que lembram bóias.
Tem também uma espécie de labirinto com vários buracos pelo chão, e esses buracos jorram água aleatóriamente, sem que você saiba. É bem divertido ver as crianças desafiando esses buracos na tentativa de fugir da água, mas quase sempre falhando, já que no final do labirinto invariavelmente as crianças estão encharcadas.
De tudo que é relacionado com a água dentro do Europa Park, nada chama mais a atenção do que a Atlantica Super Splash. Uma montanha-russa que termina na água, dando banhos caprichados nos visitantes, o que não é exatamente uma novidade.
Aqui no Brasil todo parque de diversões que se preze tem que ter uma dessas, mas confesso que nunca tinha visto algo tão ignorante nesse assunto. Com 30m de altura e uma velocidade que chega a 80km/h, a Atlantica aterrissa com tanta força que a quantidade de água levantada faz o carrinho desaparecer num túnel molhado e garante algumas horas de roupas ensopadas.
É sem dúvida a atração mais chamativa do Europa Park, até mesmo quem não se aventura dentro dela, fica uns bons minutos parado só pra olhar as descidas - e banhos! - alheias.
Mas além da Atlantica, o parque tem ainda muitas outras montanhas-russas, de vários tipos, formatos e tamanhos.
São quase 15 delas. Abertas, fechadas, com looping, sem looping, com água, sem água e até uma montanha russa espelhada, em que você desce olhando pra você mesmo, o que deve ser meio estranho, já que obviamente nossas caras não são as mais legais durante uma queda livre desse porte.
Uma outra preocupação do pessoal do Europa Park é em relação à hospedagem dos visitantes. Como o parque é imenso, o ideal é que você tire de dois a três dias pra conhecer e aproveitar tudo que eles têm pra oferecer.
Mas como hospedar tanta gente - lembre-se que o parque tem capacidade pra até 50 mil pessoas ao mesmo tempo! - numa cidade tão pequena? Lembra que falei ali em cima, Rust não tem nem 4 mil moradores!
A solução foi construir um complexo de hotéis dentro do próprio parque! Dessa maneira, os deslocamentos são muito menores e isso aumenta consideravelmente o conforto das famílias - imensa maioria da frequência do parque - que o escolhem como destino.
Ao todo, são 5 hotéis - também divididos por países, como o próprio parque - uma área de camping, tudo isso situado no mesmo espaço do parque. E tudo isso funciona inclusive durante a noite, quando o parque está fechado. Não faltam opções de bares e restaurantes, que garantem a diversão quase que 24 horas por dia.
Aliás, se você está pensando em visitar o Europa Park, já pode pesquisar agora mesmo os hotéis baratos no Europa Park ou hotéis baratos na Alemanha. Com o Detecta Hotel, em poucos cliques você já está usando o melhor comparador de preços da internet e pode economizar um bom dinheiro ao encontrar o hotel que mais se encaixa no seu bolso. Tem até aplicativo pro seu smartphone, o que facilita demais a sua vida.
Mas de tudo que tive a oportunidade de ver durante minha passagem pelo Europa Park, não foi uma montanha russa ou uma roda gigante o que mais achei interessante.
Eu fiquei mesmo atento nas pessoas, nas famílias e em como elas se parecem, independente do lugar do mundo em que você esteja. Aqui no Brasil, a gente sempre ouve falar da frieza dos europeus e em como eles são distante uns dos outros, mesmo entre os parentes.
Não foi nada do que vi por lá. O calor entre pais e filhos, o sorriso no rosto de todos eles e o mais legal: o quão bobos os pais são diante dos filhos, em qualquer parte do planeta. Todos eles estão sempre lá, com seus telefones tirando fotos - quase sempre horríveis - dos filhos suados, cansados, mas felizes e contagiando a todos com essa felicidade tão simples e sincera.
Um viva ao calor da família alemã!
O Viagem Criativa viajou ao Europa Park a convite do Germany Travel, e com apoio do Detecta Hotel.
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