Você não precisa viajar pra Europa pra saber que as diferenças entre o nosso continente e o deles são imensas. Idioma, clima, comida, arquitetura e mais um sem-número de itens podem ser colocados aqui.
Porém, depois de algumas visitas aos amigos europeus, eu ainda fico intrigado com algumas coisas, que mesmo já conhecendo bem, ainda não fazem muito sentido pra mim.
Nessa minha última viagem pra Itália, onde participei do Travel Blogger Destination Italy 2015, um fato específico chamou tanto a minha atenção que, ainda durante a viagem, eu já tive a ideia de fazer esse post.
Até entendo o porquê dos europeus serem tão ligados às estações do ano, a ponto de lembrarem o que aconteceu no inverno de 2005 ou no verão de 2010, já que lá não tem conversa: faz frio no inverno, faz calor no verão e ponto final. Pra gente isso não faz o menor sentido, já que aqui faz 30 graus do inverno e pode fazer 15 no verão (pelo menos no sul/sudeste). Então, às vezes é comum não lembrarmos em qual estação do ano foi aquele gostoso dia na praia.
Minha primeira parada na Itália foi em Rimini, que abrigou o TBDI 2015. A cidade é um famoso balneário de verão, já que fica na costa do Mar Adriático e tem praias bonitinhas (é complicado chamar as praias europeias de bonitas tendo tanto lugar lindo aqui no Brasil!). Isso faz com que, todos os anos, durante o verão, Rimini fique lotada de turistas, principalmente do norte da Europa, que querem aproveitar o sol e o calor enquanto o calendário permite.
Só que é exatamente essa fixação pelo calendário que cria situações um tanto quanto esquisitas, como a criação dos hotéis-fantasma em Rimini. Todos os anos, no dia 1° de setembro, 80% dos hotéis de Rimini fecham as suas portas, pra reabrir somente em 1° de maio do ano seguinte.
Não importa o que aconteça, não importa que ainda esteja calor, nem mesmo que alguns turistas queiram se hospedar por lá fora da temporada. Durante os próximos 8 meses, todos esses hotéis ficarão de portas fechadas.
Eu estive por lá em outubro e as temperaturas estavam em torno de 25 graus durante o dia, acima da média para a época e com potencial para receber visitantes, mas não havia grandes exceções. Quase tudo estava fechado!
Durante a noite, o cenário é bem esquisito nas ruas. A principal avenida da cidade de Riccione, vizinha de Rimini, fica à beira mar e se chama Viale Milano. Ela é composta apenas por hotéis e uma caminhada por ela depois que escurece pode ser até um pouco assustadora, já que na onda dos hotéis, vários restaurantes, bares, casas noturnas e mercados também fecham suas portas.
São vários e vários quarteirões com prédios lacrados e escuros, dignos de um daqueles jogos de terror, tipo Silent Hill.
E se pra mim isso foi uma surpresa um pouco sombria, os hotéis-fantasma de Rimini são uma realidade constante na vida do pessoal de lá. Em conversa com os moradores da cidade, me disseram que ninguém nem cogita usar os prédios pra outras finalidades quando o verão termina. Projetos sociais, abrigo para refugiados ou sem-teto? Nem pensar! Vamos apenas trancar as portas que ano que vem tem mais um verão.
Ainda prefiro a nossa facilidade pra improvisar!
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O Viagem Criativa viajou para Itália a convite do Travel Blogger Destination 2015 e com o apoio da Cotação Câmbio.
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