Aquele ditado famoso que diz que "quem vive de passado é museu" pode ser meio radical demais, mas tem lá o seu fundo de verdade. Na imensa maioria, museus são tomados por velharias seculares que têm muita história pra contar, mas pouca utilidade prática atualmente.
E como eu já confessei num post sobre minha visita a um castelo de Luxemburgo, eu não tenho muito saco pra três coisas: castelos, museus e igrejas. Depois de um tempo viajando e visitando esses lugares, tudo parece igual, sem graça e com pouquíssimos atrativos. Aliás, sempre me pergunto quantos visitantes o Louvre teria se não fosse a Mona Lisa ou o Museu do Vaticano se não tivesse Capela Sistina lá dentro.
Mas uma das coisas que faz o mundo ser um lugar legal demais, é que outro ditado famoso diz que "toda regra tem sua exceção". E lá em Estocolmo, durante nossa participação na Nordic Bloggers Experience, tivemos a chance de conhecer uma dessas exceções, o Fotografiska, museu sueco da fotografia.
Inaugurado em 2010, ele fica num prédio bem bonito e antigo - a construção é de 1906 - na região de Stadsgårdskajen. Obviamente, ele teve que ser inteiramente restaurado para abrigar o museu, mas a sua fachada original de tijolinhos lá do começo do século passado foi mantida!
Apesar dele ter fotografia no nome e na descrição, a direção do museu faz questão de deixar claro que ele não é apenas focado nesse assunto. Ali é um lugar pra gente criativa se encontrar, trocar idéias, conhecer novos artistas e se manter atualizado.
E é isso que me fez ver o Fotografiska de uma maneira diferente em relação ao conceito que nós temos de museu.
O passado é importante, tem que ser respeitado, mas olhar pra frente é fundamental. E isso eles fazem muito bem.
Quando a gente esteve lá, tava rolando uma exibição do fotógrafo israelense Adi Ness, que é um cara considerado controverso. Nascido em Israel, mas filho de imigrantes iranianos, ele fez uma série retratando a homossexualidade dentro do exército de Israel - incluindo uma recriação da Última Ceia apenas com soldados gays - e outra mostrando cidadãos israelenses com a pele escura, e que foi muito discriminada por acharem que ele os mostrou como se fossem árabes.
As fotos dele são fantásticas e ficamos um bom tempo apreciando.
Como o museu é bem grande, ele pode abrigar até 4 exposições de grande porte ao mesmo tempo, além de outras 15 de tamanho reduzido. Dá pra passar um bom tempo se divertindo por lá.
E pra deixar tudo ainda mais divertido, o último andar do Fotografiska abriga um imenso bar, onde você pode tomar um café ou uma cerveja enquanto aprecia a vista do arquipélago de Estocolmo através de uma grande parede de vidro.
Nesse mesmo andar acontecem shows de música, oficinas e cursos de fotografia e outros assuntos ligados ao mundo artístico. Legal demais, de verdade!
Então na sua próxima visita a Estocolmo, não deixe de visitar esse lugar incrível. A entrada custa 120 Coroas Suecas, o que hoje - maio de 2015 - dá algo em torno de 40 reais. Corre pra lá! :D
O Viagem Criativa viajou à Suécia a convite da Nordic Bloggers' Experience e com o apoio da Embaixada da Suécia no Brasil, Visit Stockholm, Fuego Digital, Miss Clara by Nobis e Nobis Hotel.
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