Hoje é o meu primeiro dia aqui na África do Sul e eu vou tentar fazer algo relativamente inédito aqui no Viagem Criativa: escrever posts em "tempo real" durante as minhas viagens.
Eu havia decidido isso depois de ter ficado 20 e tantos dias sem postar na minha última viagem, o que obviamente fez muito mal pra audiência aqui do blog.
Sem falar que é muito legal - apesar de mais difícil - contar as histórias quando elas ainda estão frescas na cabeça.
Essa minha viagem pra África do Sul foi bem complicada nos bastidores, já que eu recebi o convite meio em cima da hora, fui impedido de embarcar por causa da vacina da febre amarela e consegui chegar aqui dois dias depois do grupo que vai viajar comigo.
Desembarquei em Joanesburgo no sábado, às 8 da manhã e já corri pro Soweto, onde meus amigos estavam me esperando. E aí já começou uma avalanche de emoções e histórias que nunca vou esquecer e adoro compartilhar com vocês.
Passar um dia visitando o lendário bairro de Soweto deveria estar na lista daquilo que todo ser humano deveria fazer pelo menos uma vez na vida. Mais ou menos como a visita dos muçulmanos a Meca, sabe?
Isso porque o bairro mais famoso de Joanesburgo, capital da África do Sul, tem uma história tão fantástica - e tão recente - de luta e resistência contra um dos regimes mais absurdos que esse planeta já viu, o apartheid. A segregação entre negros e brancos dominou o país por 46 anos, até terminar em 1994.
Uma história muito recente, se comparada a qualquer outra que estávamos acostumados a estudar na escola (e olha que já sou velho!).
A maneira mais legal, pelo menos pra mim, de conhecer esse bairro que tem o tamanho de uma cidade, é fazendo o passeio de bicicleta que o hostel Lebo's oferece. Todos os dias você pode passear pelo Soweto com guias altamente especializados, que nasceram e vivem lá, e vão te contar absolutamente tudo sobre a história e o atual momento dessa parte da cidade.
Se você quiser ficar hospedado lá no Soweto, bem pertinho de onde o passeio começa, e já entrar no clima desse incrível bairro, eu recomendo que compare preços de hotéis por lá usando o Detecta Hotel, um meta-buscador que pode te arrumar até 80% de desconto na sua reserva!
Você pode escolher entre o passeio de 4 horas, que é bastante completo, com paradas estratégicas nos pontos mais importantes do bairro ou de 2 horas, que é uma versão resumida e trata mais de passar uma impressão geral de tudo que aconteceu e acontece no Soweto.
Eu fiz o de duas horas e garanto que já é suficientemente grande para emocionar até mesmo o sujeito mais durão. É realmente difícil não perder a compostura ao ouvir o que cada uma daquelas famílias viveu durante o regime que tanto oprimiu, sem razão alguma, um povo inteiro apenas por causa da cor da sua pele.
Durante o rolê, nós passamos por vários pontos-chave e que oferecem uma visão bem completa do gigantesco bairro. Em vários lugares, o Soweto simplesmente some lá no fundo, de tão grande. Como Joanesburgo fica a 2000 metros acima do nível do mar, tudo ali é bem alto então as vistas panorâmicas costumam ser muito boas!
E não tem nada mais autêntico do que ficar hospedado no Soweto pra sentir o clima do lugar e das pessoas. O bairro oferece vários tipos de hospedagem para quem quer passar algumas noites como um local, desde albergues até bons hotéis. E não existe uma maneira melhor de você pesquisar a sua hospedagem por lá do que usar o Detecta Hotel, um serviço que te traz as melhores ofertas em tempo real. Usando o Detecta Hotel, você consegue encontrar os hotéis mais baratos e com até 80% de desconto!
Uma das coisas mais legais e divertidas de todo esse passeio é ver que não importa o quão difícil tenha sido ou seja a vida das pessoas ali: absolutamente todas te recebem com um sorriso de orelha e orelha e fazem questão de abrir as portas de casa, te mostrar tudo o que conseguiram construir mesmo com as dificuldades impostas e adoram dividir o pouco que tem.
Em uma das paradas a gente foi convidado a comer um dos pratos típicos do Soweto, que é a bochecha da vaca cozida. Pessoalmente eu achei gostoso, apesar da textura parecer a de um chiclete. Também tomamos uma bebida local, que é fermentada como a cerveja, mas tem um gosto mais "cru", se assim posso dizer. É até gostoso, mas não sei se tomaria de novo.
Mas isso tem uma importância ínfima perto da alegria daquelas pessoas ao ter a oportunidade de dividir um prato de comida com um estranho. Por décadas, eles não tiveram nem o que comer direito, então esse ato de oferecer seu alimento pra outra pessoa tem um significado gigantesco na vida deles. E depois de hoje, na minha também.
Mas no fim das contas o grande destaque desse passeio foram as crianças.
Elas estão por toda a parte e distribuem alegria de uma maneira que chega a nos constranger, que tanto reclamamos de qualquer besteira no dia-a-dia.
Uma das coisas que a molecada mais gosta é de pedir o "hi-five", o famoso cumprimento com a mão aberta. Enquanto a gente pedalava, as crianças faziam fila pra bater na mão e dizer que éramos completamente bem-vindos por ali.
Eu sempre tive um - ou dois - pé atrás com esses roteiros que fazem as pessoas visitarem favelas ou áreas menos privilegiadas, por achar que um "safári humano" é ainda mais cruel do que um safári animal.
Mas em Soweto as coisas não são bem assim. A quantidade de coisas que eles têm pra nos ensinar é enorme e isso torna o passeio uma das partes mais obrigatórias de um passeio ao continente africano. Eles viveram situações que pouca gente sequer consegue imaginar, e hoje estão lá, de pé e mostrando seu valor e sua alegria pro mundo.
Vida longa ao Soweto e a seu povo!
O Viagem Criativa viajou á África do Sul a convite do South African Tourism e com o apoio do Travel Concept Solutions, South African Airways e Detecta Hotel
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