Dentre os vários motivos de eu não gostar de congressos em geral, como mencionei no post anterior, talvez o maior deles seja ter que ficar intermináveis horas preso dentro de uma sala de conferência sem saber se lá fora faz sol ou chuva.
Pra deixar esse cenário ainda mais pavoroso, imagine que esse congresso está acontecendo numa cidade que você não conhece mas sempre quis visitar, e tem pouco tempo livre pra isso, já que as palestras duram o dia todo.
Foi exatamente isso que encontrei em Leipzig quando cheguei lá para participar do Social Travel Summit. O evento tinha uma extensa (e incrível!) programação: o encontro começava todos os dias as 9h e só terminava perto das 18h, me deixando de mãos atadas na para visitar os pontos da cidade durante o dia.
Mas como dormir durante as viagens é exatamente a minha última prioridade, eu criei uma rotina pra esses dias que consistia em acordar as 6h30, tomar café no hotel e por volta das 7h15 e ir às ruas ver o que a cidade tinha pra me mostrar enquanto a maioria ainda acordava. Com mais ou menos 1h30 de intervalo para o almoço, eu comia voando, pra poder aproveitar mais alguns minutos fora do hotel.
Com uma rápida estudada na vizinhança do Penta Hotel, vi que dava pra ver bastante coisa numa distância "caminhável". Aliás, essa é uma das vantagens de se morar numa cidade tão gigante como São Paulo. Perto dela, tudo parece tão perto e de tão fácil acesso, que não me importo de caminhar pra cima e pra baixo, mesmo sem rumo.
Depois de 10 minutos de caminhada, saindo do hotel, cheguei na estação central de Leipzig. Para minha surpresa, descobri que essa estação é simplesmente A MAIOR DO PLANETA em termos de área. São mais de 80 mil m², divididos em 24 plataformas, um imenso shopping com todas as marcas famosas e restaurantes de fast food que você consiga imaginar e uma imponente fachada de 300 metros (!!!!) de extensão.
A estação foi inaugurada em 1915, mas o prédio foi severamente comprometido pelos bombardeios durante a Segunda Guerra Mundial. Pra se ter uma ideia, o teto dela desabou completamente e sua estrutura ficou bastante abalada. Depois de vários anos de reconstrução, foi reaberta durante os anos 50. Hoje, ela recebe diariamente mais de 750 trens e 120 mil passageiros. Esses números realmente impressionam, já que Leipzig não é exatamente uma das cidades mais conhecidas da Alemanha.
Ao entrar na estação, o primeiro contato é com um dos dois enormes - e idênticos - halls, com o teto redondo e uma imensa escada, que separa as duas partes. Acima, as plataformas de embarque, e abaixo o shopping com as lojas. Apesar de ser meio cedo, o movimento estava baixíssimo por ali e não parecia em nada com os horários de rush que vemos nos trens brasileiros.
Ok, a estação estava visitada e eu tinha alguns minutos até voltar ao hotel pro começo do Summit.
E a próxima parada foi na fantástica igreja de São Nicolau (Nikolaikirche, em alemão). Além de sua beleza e do fato de ter sido construída no início do século XII, ela ficou mundialmente famosa em 1989, ano da reunificação da Alemanha. Foi lá que aconteceu a Revolução Silenciosa, um dos eventos mais determinantes para a queda do muro e o fim da divisão entre as duas Alemanhas.
Porém antes disso, outro fato havia deixado a igreja no centro das atenções: lá era o lugar preferido de Johann Sebastian Bach para as apresentações ao vivo da Paixão segundo São João, peça que sempre era executada durante as sextas-feiras santas. Por uma grande coincidência, eu estive em Leipzig durante a semana da Páscoa, e algumas apresentações estavam agendadas para acontecer ali alguns dias depois.
A única coisa negativa em relação à Nikolaikirche, é que ela fica em um quarteirão minúsculo e quase não há espaço para conseguir uma foto inteira dela. A maioria das pessoas fica ali se contorcendo para achar o melhor ângulo, mas é muito difícil fazer o prédio caber inteiro na foto. Existe até uma pedra marcada no chão, com uma pegada, onde supostamente é o melhor lugar para conseguir uma imagem da igreja, mas ainda assim seria legal ter mais espaço ao redor.
A poucos quarteirões dali está a praça da antiga prefeitura, um edifício Renascentista com 90m de frente, diversos arcos e uma enorme torre, que antigamente proporcionava uma grande vista da cidade.
Em 1909, a prefeitura de Leipzig foi transferida para um novo prédio, e o antigo foi transformado e um museu, onde é possível encontrar uma grande variedade de objetos medievais. Altares, pinturas, esculturas em madeira e até instrumentos de tortura podem ser vistos pelos visitantes. Boa parte desse acervo veio de igrejas que foram destruídas ao longo dos séculos nos arredores de Leipzig, e por isso adquiriram grande importância pros moradores de lá.
Se você pretende visitar Leipzig, informe-se sobre a visitação ao museu. Se você tiver sorte, consegue entrar nos porões do prédio, que parecem ser fascinantes e cheios de história. Como meu tempo para passear praticamente inexistiu durante minha passagem por lá, nem cogitei essa possibilidade. Mas se você for, volte aqui pra me contar o que achou! ;) Outra coisa que você não pode deixar de fazer antes da sua viagem (não importa pra onde!), é consultar o Detecta Hotel para encontrar hotéis baratos Alemanha ou hotéis baratos em qualquer lugar! Ele busca os maiores sites do mundo e te mostra os resultados detalhados, com as melhores ofertas em tempo real pro destino que você escolheu. Sem falar nos apps pro seu smartphone. É de longe a melhor maneira de você economizar dinheiro!
Depois dessa mini-tour em tempo recorde, eu não tinha mais tempo livre, o Summit já estava prestes a começar.
No caminho de volta pro hotel, eu passei pela Augustusplatz, onde fica o Augusteum, um prédio bem moderno que é a sede da Universidade de Leipzig.
O prédio é de 1836 e em 2006, passou por uma reforma radical, com essa fachada de vidro que nada tem a ver com os tempos em que ele foi construído. Achei bonito, apesar do contraste com o restante da praça.
O Viagem Criativa viajou ao Social Travel Summit a convite do evento, e com apoio do Detecta Hotel.
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